Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo. Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. O que fazer? A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado. Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. Resultado: o “azedo” do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome “pinga”. Quando a pinga batia nas costas marcadas com as chibatadas dos feitores, ardia muito, por isso deram o nome de “água ardente”! Caindo em seus rostos, escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
(História contada no Museu do Homem do Nordeste).
Não basta somente beber, tem que conhecer!
2 respostas para “Parábola”
Zé, amado!!! Adoooooorei e num sabia mesmo…Nada como ter fessô particular, chic desse jeito. Tô começando a ficar com medo dos meus escritos lá do blog, dos meus comentários aqui…Ai,ai,ai só meu São Jorge messsmo prá me ajudar: dondé que fui me enfiar???
Beijuuss n.c.
Rê
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