Dizem que o autor do texto que segue abaixo é de autoria do General da Reserva, Gramoza (Exército do Brasil). Não sei dizer. Não fui procurar, nem no Google que é quase automático. Compartilho aqui, o texto, porque ele me fez pensar. Sim, eu ainda penso, apesar de todos os pesares, sobretudo de minha proverbial síndrome macunaímica. É preciso esclarecer, apesar do elevado índice de inteligência letrada da população brasileira, que, ao compartilhar o texto, não subscrevo automaticamente suas ideias. Em igual medida, ao fazê-lo, não estou a concordar dubio procul com suas ideias. Faço-o, repito, porque o texto me fez pensar e… penso (!) que esta é uma prática saudável à qual convido os que leem isso, sabendo, de antemão, que praticamente a totalidade de meus leitores já o faz. Mas sou um chato…
“Liberdade para quê?
Liberdade para quem?
Liberdade para roubar, matar, corromper, mentir, enganar, traficar e viciar?
Liberdade para ladrões, assassinos, corruptos e corruptores, para mentirosos, traficantes, viciados e hipócritas?
Falam de uma “noite” que durou 21 anos, enquanto fecham os olhos para a baderna, a roubalheira e o desmando que, à luz do dia, já dura 36!
Fala-se muito em liberdade!
Liberdade que se vê de dentro de casa, por detrás das grades de segurança, de dentro de carros blindados e dos vidros fumê!
Mas, afinal, o que se vê?
Vê-se tiroteios, incompetência, corrupção, quadrilhas e quadrilheiros, guerra de gangues e traficantes, Polícia Pacificadora, Exército nos morros, negociação com bandidos, violência e muita hipocrisia.
Olhando mais adiante, enxergamos assaltos, estupros, pedófilos, professores desmoralizados, ameaçados e mortos, vemos bullying, conivência e mentiras, vemos crianças que matam, crianças drogadas, crianças famintas, crianças armadas, crianças arrastadas, crianças assassinadas.
Da janela dos apartamentos e nas telas das televisões vemos arrastões, bloqueios de ruas e estradas, terras invadidas, favelas atacadas, policiais bandidos e assaltos a mão armada.
Vivemos em uma terra sem lei, assistimos a massacres, chacinas e sequestros. Uma terra em que a família não é valor, onde menores são explorados e violados por pais, parentes, amigos, patrícios e estrangeiros.
Mas, afinal, onde é que nós vivemos?
Vivemos no país da impunidade onde o crime compensa e o criminoso é conhecido, reconhecido, recompensado, indenizado e transformado em herói!
Onde bandidos de todos os colarinhos fazem leis para si, organizam “mensalões” e vendem sentenças!
Nesta terra, a propriedade alheia, a qualquer hora e em qualquer lugar, é tomada de seus donos, os bancos são assaltados e os caixas explodidos. É aqui, na terra da “liberdade”, que encontramos a “cracolândia” e a “robauto”, “dominadas” e vigiadas pela polícia!
Vivemos no país da censura velada, do “micro-ondas”, dos toques de recolher, da lei do silêncio e da convivência pacífica do contraventor com o homem da lei. País onde bandidos comandam o crime e a vida de dentro das prisões, onde fazendas são invadidas, lavouras destruídas e o gado dizimado, sem contar quando destroem pesquisas cientificas de anos, irrecuperáveis!
Mas, afinal, de quem é a liberdade que se vê?
Nossa, que somos prisioneiros do medo e reféns da impunidade ou da bandidagem organizada e institucionalizada que a controla?
Afinal, aqueles da escuridão eram “anos de chumbo” ou anos de paz?
E estes em que vivemos, são anos de liberdade ou de compensação do crime, do desmando e da desordem?
Quanta falsidade, quanta mentira, quanta canalhice ainda teremos que suportar, sentir e sofrer, até que a indignação nos traga de volta a vergonha, a autoestima e a própria dignidade?
Quando será que nós, homens e mulheres de bem, traremos de volta a nossa liberdade?”
2 respostas para “Discurso”
Contundente! Dói ler! Precisamos de uma nova intervenção militar para que os brasileiros de hoje conheçam um outro país, no qual nós tivemos a oportunidade de viver. Gostei do texto.
Pode ser que a tal d intervenção ajude a resolver alguma coisa. No entanto como dizem os gauchos: de pato a ganso, pouco avanço. O buraco é mais em baixo e bem mais fundo. Não acredito mais em correção, mudança ou melhoria. Penso que não vamos ver mudança. O necessário seria começar da estaca zero. Será que Deus tem saco pra fazer tudo de novo? Vai ver tem… é só a gente espera pra ver… enquanto for possível esperar. Ni fundo, estou come medo do que possa advir da próxima comemoração da “independência”… outra falácia. Que bom que você gostou!. beijinho