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Primeira versão
Segue a primeira versão de um poema (comentários e palpites continuam a ser esperados). “Sem sentido” Uma tarde que passa como as demais que também passam repetindo a mesma ritmada canção muda, a que embala quimeras e decepções num paul inquieto de ilusões e temores de gente que vive a trabalhar sem tino, rumores daquilo […]
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Indicação
Numa sequência de um episódio em uma das temporadas da série britânica Outlander, a personagem de Caitriona Balfe faz uma experiência com miolo de pão, na tentativa de descobrir um remédio que seja antibiótico. Ela viaja no tempo, tem conhecimento avançado em relação aos demais que vivem com ela no passado e está preocupada com algumas […]
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Livros
Foi numa noite fria de novembro. Ao fim da tarde, o róseo azulado céu que se via da Quinta de Juste forrava o pensamento com uma luzidia corrente que se espraiava sobre a planície a encobrir o rio Cávado com uma névoa matinal que diariamente se vê a esta altura do ano. Os panos envidraçados […]
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Intervalo
Um intervalo. Mais um. Faz uns tantos dias que não escrevo, nem mesmo para repercutir algum texto alheio. Nada. Antes de viajar, li um livro do Augusto Abelaira, escritor português (ainda vou comentar algo sobre ele aqui): A cidade das flores, seu primeiro romance (1959). Se não me engano é este mesmo o nome dele. A […]
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Sarcasmo
Uma vez mais, o texto que segue não é de minha autoria: por isto, as indefectíveis aspas! Como da outra vez, sei quem é o autor, mas prefiro não mencionar seu nome para não ensejar celeumas. Não quero meu nome em bocas de matildes e de detratores disso ou daquilo. Não me quero associado a […]
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Referência
Li o livro de uma sentada. Abri e fui até o fim, numa tarde apenas. Devo confessar que o li com vivo interesse. D princípio ao fim. No entanto, não sei dizer se gostei ou não. O interesse não levou à surpresa. Esta, por sua vez, não estimulou a jouissance que costuma acompanhá-la, pelo menos, algumas vezes. […]
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Uma carta
O texto que segue é uma carta. Não fui quem a escreveu. Cortei os nomes citados para preservar a intimidade dos envolvidos. Cortei outros nomes e indícios identitários pelo mesmo motivo. Quis colocar esta carta aqui pelo sabor, a fineza da ironia, a suntuosidade da linguagem, o vigor do sarcasmo e a inteligência demonstrados pelo […]
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Começo
O texto que segue, eu o escrevi de uma sentada agora no finalzinho do dia Fiquei pensando num romance. Aparentemente, policial, mas eu não o quero assim. Fui escrevendo sem pensar muito, deixando fluir as ideias que me vinham. Parei com dois parágrafos e resolvi colocá-lo aqui como uma proposta, um convite, quase um desafio. […]
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Um poema
Não gosto de poesia de ocasião. Aliás, não gosto de Literatura de ocasião. Mas é isso, não gosto. Quem quiser que o faça. Entretanto, fiz esse poema… de ocasião. Alerta Enquanto isso… flores morrem, solitárias num jardim abandonado: o jardineiro não pode sair de casa e contaminar o ar. Enquanto isso… a capelinha é invadia: […]
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Retalhos
“Um bando de gente suja, suada, malvestida e fedorenta. Um amontoado de gente assim num lugar que mais parecia uma gruta. Eu tinha que passar no meio desse grupo, barulhento. Ofereciam-me carona, cigarro, bebida. Eu sentia nojo e tentava me desvencilhar. Tinha que chegar ao noviciado. O quarto era amplo, claro, limpo. Portas grandes, janelas […]