Tag: Criação
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Brincadeira
Maria do Rosário Pedreira é uma portuguesa, editora e poeta que escreveu um livro chamado O Canto do Vento nos Ciprestes. Sem querer, por acaso mesmo, encontrei um poema dela, que faz parte deste livro, declamado por um rapaz. Um vídeo disponibilizado por alguém e que me chegou assim, de repente. Procurei o dito vídeo no […]
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Tentativa e erro
Há momentos em que eu penso que estou perdendo o juízo. Não sou tão presunçoso para considerar que o que eu escrevo é melhor do que outros escrevem. No entanto, há coisas que leio, coisas “premiadas” que… por favor… Nem deixando toda a presunção de lado, sou capaz de reconhecer alguma “qualidade” no que leio. […]
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Dois poemas
Ando tentando compor outro livro de poemas. Hoje, resolvi estes dois: Entre a nuvem e o poema é interposta a palavra do poeta que, silente, pensa na resposta à dúvida que algures alguém se faz. Pensar a escrita de um poema como quem pensa na existência da nuvem é brincar de nada e dançar ao […]
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Projeto
Comecei hoje, agora à tardinha, a concretizar um projeto que me veio assim, do nada, de repente, à cabeça. Dei o nome de “poesia molecular”. Uma imagem aleatória e um verso, que pode ser uma oração ou um simples sintagma nominal, ou um ver, ou… Não há intenção direcionada. Não há indução. A primeira postagem […]
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Mais dois
Fuga O leque se abre em aletas simétricas contra o tortuoso ocaso de Outono. Os touros, imagens fugidias acima e por entre, contam histórias dissolvidas em areia e sangue. O leque não sabe da mão que produz o vento de suas aletas. O leque não sabe do tecido e das imagens taurinas ainda dissolvidas agora, […]
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Dois poemas
Saudade Vilegiatura luminatrix suavíssima, ela ficava sentada bem encurvada a fazer palavras cruzadas. E o tempo passou. Com sorriso franco, semblante marcado pela experiência acumulada, ela vingava todas as predições em contrário e seguia a fazer bolo, biscoito e carne, a contar casos, a chorar de saudade e jamais reclamar, a não ser na excruciante […]
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Dois poemas
A preguiça é muita, a sensaboria, maior. Os dois poemas que seguem foram classificados – ainda que eu não saiba exatamente a extensão semântico-discursiva do termo – no concurso da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, de/em Itabira. Marí(n)timo Nas estrias que a onda deixa depois que crispada se enovela o fluxo do tempo […]
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Poesia
Poemas relâmpago I Silêncio e abandono, precisos. Momentâneo exílio, audição do abismo, antes da pulverização da rua, longa. A travessia do telescópio à cata de estrelas. A palavra ausente no fio dos dias. II Nem multidão, nem vazio: no meio. A pertinaz constância, presente eterno, a voracidade absoluta do agora. III Verso, Porto […]
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Delírio fílmico
Há um filme, que já vi algumas tantas vezes, que me impressiona muito: A casa dos espíritos, Bille August, 1993. Jamais li o livro, de autoria de Isabel Allende, que serviu de base para a versão cinematográfica. Pode ser que esteja perdendo muita coisa… O que me interessa é uma cena em particular. Durante um […]
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Delírios
E P. acorda. Pega o copo e, um tanto lentamente, sorve o copo, enorme, cheio até a tampa. Em golfadas, lentas, fundas, saborosas, esgota o liquido que tenta afugentar a ferrugem da ressaca, os flashes do que veio antes, a amarga memória do desdém da vontade. Assim começaria um poema. Três ou quatro versos de […]