Tag: Ideia
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Poucas palavras
Um pensamento a me ocupar a mente quando estava do lado de lá… “De que valem as palavras não ditas a ecoar entre as pedras, testemunhas do tempo, repositório de silêncios, a ecoar os rastros de Cronos? O caminho que leva (agora) nada a a lugar nenhum, pleno de sentidos, como que chora a ignorância […]
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Devaneio
Uma insinuação não é nada. Nada. Não se sustenta e pode incorrer em erro. Quem disse isso? Não faço a mínima ideia. Alguém já disse isso? Também não tenho ideia. O fato é que isso me veio assim, de repente, um corisco verbal. à minha mente chegou como quem não quer nada e se instalou. […]
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A prova da cobra
Foi assim, da primeira vez. Era uma prova de concurso, 1991. Prova escrita. Cinco horas para fazer. Uma hora de consulta e quatro horas para redação. Uma tortura. No fim, a mão e o braço já não respondem ao impulso do cérebro. A gente fica parecendo um robô com falha elétrica em seu sistema motor. […]
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Tropelias… será?
“Adadalconex. Era assim que os colegas faziam para decorar o nome das cinco conjunções coordenativas. Aditiva, adversativa, alternativa, conclusiva e explicativa. Ficava mais fácil e o professor não desconfiava. Pelo menos, não dava mostras de assim proceder. A decoreba continuava com as subordinativas, mas, destas, a memória já perdeu registro. Ficam apenas as cinco primeiras, […]
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Palavras soltas
De repente, um sujeito de aparência sinistra começa a falar. Não se sabe, de início, com quem é que está a falar. Usa óculos escuros, mesmo estando em ambiente fechado. Figura sinistra, mas fala com calma, sensatez e o que diz faz todo o sentido, tem lógica e encontra respaldo em informações de contexto. No […]
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Poema azedo
Hoje foi domingo. Pediu cachimbo. O cachimbo era de ouro e bateu no touro. O touro era valente e bateu na gente. A gente, fraca, caiu no buraco. Buraco fundo. Acabou o mundo. Nostradamus estava certo? O verbo no passado e a pergunta sem resposta. Vi ser sempre assim. Sempre… desde quando? O sujeito abre […]
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Fim de tarde
Poema de ocasião Denegando Carlos, com o espírito de Álvaro Silenciosamente, a água vai ficando lisa, em superfície Espelho mudo que reflete o chumbo refinado céu de chuva apenas anunciada Da memória chegam, então, com o vento um tanto frio, as imagens de Coimbra O correr lento e denso do miasma fluvial que segue, […]