Tag: Leitura
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Inusitado
A maré de preguiça e falta de graça, somada à de vontade, tem feito buracos enormes em minhas publicações. Não me importo. Leio tanta bobagem. Escuto tanta asneira. Vejo tanta coisa horrorosa e sem graça que nem sei. Agorinha, repassando algumas coisas no facebook – coisa de ente à toa – deparei-me com uma publicação…
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Russos
Cheguei ao fim da terceira leitura de Guerra e paz, de Tolstói. Que livro chato. E quem me lê não vai sequer vislumbrar a mais pálida ideia do prazer que sinto quando digo isso: que livro chato. Como não tenho que pedir benção a ninguém (aposentei-me como titular de Literatura Portuguesa e Comparada, portanto, no topo…
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Acaso
Acabei de ver um filme interessantíssimo. Seu nome? Berlim, eu te amo (2021, dirigido por Dianna Agron, Massy Tadjedin e Stephanie Martin). No Amazon Prime. A classificação é romance/drama. Não sei se cabe. Também não sei até que ponto essas classificações são, realmente, eficazes. Tenho sérias dúvidas. Tudo muito subjetivo. O que mais me assustou no filme…
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Ironia
O texto que segue não é meu. Publico-o aqui por ser um exemplo de fina ironia, desvelada numa linguagem acuradíssima. É texto que dá prazer de ler. E muito. As omissões representadas por (…) se devem ao fato de que desejo preservar a identidade das “personagens” envolvidas, mas, acima de tudo e antes de mais…
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Indicação
Numa sequência de um episódio em uma das temporadas da série britânica Outlander, a personagem de Caitriona Balfe faz uma experiência com miolo de pão, na tentativa de descobrir um remédio que seja antibiótico. Ela viaja no tempo, tem conhecimento avançado em relação aos demais que vivem com ela no passado e está preocupada com algumas…
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Livros
Foi numa noite fria de novembro. Ao fim da tarde, o róseo azulado céu que se via da Quinta de Juste forrava o pensamento com uma luzidia corrente que se espraiava sobre a planície a encobrir o rio Cávado com uma névoa matinal que diariamente se vê a esta altura do ano. Os panos envidraçados…
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Intervalo
Um intervalo. Mais um. Faz uns tantos dias que não escrevo, nem mesmo para repercutir algum texto alheio. Nada. Antes de viajar, li um livro do Augusto Abelaira, escritor português (ainda vou comentar algo sobre ele aqui): A cidade das flores, seu primeiro romance (1959). Se não me engano é este mesmo o nome dele. A…
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Referência
Li o livro de uma sentada. Abri e fui até o fim, numa tarde apenas. Devo confessar que o li com vivo interesse. D princípio ao fim. No entanto, não sei dizer se gostei ou não. O interesse não levou à surpresa. Esta, por sua vez, não estimulou a jouissance que costuma acompanhá-la, pelo menos, algumas vezes.…
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Uma carta
O texto que segue é uma carta. Não fui quem a escreveu. Cortei os nomes citados para preservar a intimidade dos envolvidos. Cortei outros nomes e indícios identitários pelo mesmo motivo. Quis colocar esta carta aqui pelo sabor, a fineza da ironia, a suntuosidade da linguagem, o vigor do sarcasmo e a inteligência demonstrados pelo…
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Um poema
Não gosto de poesia de ocasião. Aliás, não gosto de Literatura de ocasião. Mas é isso, não gosto. Quem quiser que o faça. Entretanto, fiz esse poema… de ocasião. Alerta Enquanto isso… flores morrem, solitárias num jardim abandonado: o jardineiro não pode sair de casa e contaminar o ar. Enquanto isso… a capelinha é invadia:…