Tag: Poesia

  • Dois poemas

    Ando tentando compor outro livro de poemas. Hoje, resolvi estes dois: Entre a nuvem e o poema é interposta a palavra do poeta que, silente, pensa na resposta à dúvida que algures alguém se faz. Pensar a escrita de um poema como quem pensa na existência da nuvem é brincar de nada e dançar ao…

  • Finale

    Para encerrar a série sobre o Aldravismo, hoje falo um pouco de um livro peculiar. O texto não será de saudação a um novo membro, não será prefácio de um livro de poesias, nem será a introdução de um assunto novo, com ares presunçosos de verbete enciclopédico. Não, definitivamente. Não se trata um livro (por…

  • Mar: metonímias possíveis da/para a poesia

    Hoje é dia da terceira intervenção acerca do aldravismo, em suas manifestações. Vai mais um prefácio, desta feita, ao livro de “prosopoemas” de Gabriel Bicalho, intitulado Âncoras flutuantes. Prefácio O aldravismo, em sua proposição e em suas realizações, até o presente momento, não é pós-moderno. Qualquer referência ao termo “pós-modernismo”, aqui, expõe imediatamente as retinas um tanto…

  • “Essências: sonhos, frutos e luzes”

    Tríades, trios, triângulos: a poesia de Andreia Três são as fases da vida; três, as partes do dia; três, as pessoas da Santíssima Trindade e os lados do triângulo. Número cabalístico, de simbologia mais que milenar e de uma inexplicabilidade visceral. sonhos, frutos e luzes: três elementos que compõem a “essência” de que fala a…

  • Um livro de poesia

    Livros, geralmente, apresentam prefácios. Geralmente. Num deles, de poesia, cujo autor é amigo particular, há um desses prefácios, escrito por mim. O livro se chama Apocalíptico. O autor, José Sebastião Ferreira, poeta aldravista e aldravianista. Figura sui generis, poeta de mão cheia. Segue o prefácio. Prefácio A Literatura Brasileira atual apresenta características que performam ecos do Modernismo,…

  • Sobre ex-libris

    Uma das atribuições de um acadêmico é realizar conferências, quando convidado, quando possível, sempre que necessário. assim foi a algum tempo, quando, na sede da Academia Municipalista de Letras, em Belo Horizonte fiz uma conferência sobre ex-libris. Segue a conferência. Delírios de um diletante Há três métodos para ganhar sabedoria: primeiro, por reflexão, que é o…

  • Ecos lusitanos

    Meditação do Duque de Gandía sobre a morte de Isabel de Portugal Sophia de Mello Breyner Andresen Nunca mais A tua face será pura limpa e viva Nem o teu andar como onda fugitiva Se poderá nos passos do tempo tecer. E nunca mais darei ao tempo a minha vida. Nunca mais servirei senhor que…

  • Cartas da memória das Índias – final

    Com o devido pedido de desculpas a quem me lê (imagino que sejam pouquíssimas pessoas…), segue a terceira e última parte do poema de Al Berto. Não à toa, a mais longa e para o meu gosto, a mais instigante e igualmente bonita. 3  CARTA DA FLOR DO SOL  (a meu amigo)  Há ainda outra…

  • Cartas da memória das Índias 2

    Segue a segunda carta, um pouco menos longa! 2  CARTA DA REGIÃO MAIS FÉRTIL  (a meu pai)  É a região mais fértil em frutas que há no mundo, as quais são mui boas e excelentes; e todo o país é coberto de árvores de fruto, laranjas doces e azedas, limões de gosto mui suave e…

  • Memórias

    TRÊS CARTAS DA MEMÓRIA DAS ÍNDIAS 1  CARTA DA ÁRVORE TRISTE  (a minha mulher)  lápide  a contínua escuridão torna se claridade iridescência lume  que incendeia o coração daquele cujo ofício  é escrever e olhar o mundo a partir da treva  humildemente  foi este o trabalho que te predestinaram  viver e morrer  nesse simulacro de inferno …