Tag: Romance
-
Mais um convite
Trilogia. Substantivo feminino. Na Grécia antiga, nome dado a um poema dramático composto de três tragédias que deviam ser representadas juntas. Por extensão de sentido, quando se trata de uma narrativa, geralmente longa, convencionalmente chamada de romance, é o nome que se dá ao conjunto de três obras, unidas entre si por temática comum. Bom. […]
-
24
Quinhentos e oitenta e sete quilômetros. A distância entre dois sonhos atravessados pelo tempo. Uma estrada longa para o compêndio de experiências que se acumulam e se revisitam e se repetem. A percepção é outra, mas se repetem. Duas capitais. Duas cidades. E o projeto de voltar a um passado não esquecido, postergado. As vicissitudes […]
-
23
A delicadeza do arranjo de frutas na mesma de café da manhã. Uma imagem inadequada para o percurso que chegou ao ponto que chegou. Cada gomo de mexerica devidamente limpo daqueles fiapos brancos. Cirurgicamente limpos. Sua disposição entremeada com uvas passas criou a ilusão de girassóis visitados por abelhas. Uma pequena cumbuca, não mito funda. […]
-
22
Lili. Já vai longe a memória de Lili. Um cometa. Apareceu, passou e sumiu no céu do esquecimento. Lili, a arquiteta. Lili que recebia bem. Apartamento pequeno. A decoração depois da reforma: expressão do talento arquitetônico de Lili, Lili, arquiteta do serviço público. O apartamento pequeno, aconchegante. Os talheres de prata, a baixela de porcelana, […]
-
21
Os ecos da colônia: passos empoeirados no lajedo – mistura de pedra sabão e pedra são Tomé – guarda de uma História que jamais vai ser contada. as palavras trocadas entre as paredes caiadas. O pranto silente que evanesce em vapor do espírito e sobe. O teto com ferro de esteira absorve, mudo, o passar […]
-
19
As salas empilhadas como caixotes num depósito. Miríades de caixotes em corredores tortuosos e estreitos. Um andar acima do outro. Biblioteca empoeirada. Livros velhos, de bibliografia básica jamais retirados, há mais de quinze ano nas prateleiras. Pó. Burocracia. Caras e boca em discursos ensaboados e desgastados, sem sentido, vazios. as salas empilhadas. Muitos maçons e […]
-
18
Lisboa. O céu azul de Lisboa. Chegar a Lisboa é como entrar em casa, depois de uma viagem muito bem sucedida. O estar em casa que nunca se esgota, Sob um azul lilás, quase roxo, circundando o céu da cidade. Lisboa e o Tejo. O rio mar. Lugar comum que não tira o prazer de […]
-
17
Sábado. Noite de sábado. Sábado à noite, era mais explícito. Título de música, até. Dia de dormir à tarde. Ficar de bobeira em casa. Tomar um bom banho. fazer a barba. Sair de casa. O trabalho só volta na segunda. A faculdade ficou pra trás, na manhã do mesmo sábado. À noite, a fantasia. Os […]
-
16
A bandeja sobre a mesa cinza. Uma peça de prata antiga em forma de coroa. A cerâmica pintura em fundo branco a realçar a mesa. Sem saber o que estava por vir. A mesa, na sala azul, os convidados chegando. Eram quatro. Duas a duas. Com um irmão entre os dois grupos. Vivaz e falastrão. […]
-
Início
O texto que segue pretende ser o início de um ensaio que desejo escrever sobre os livros de Bernardo Carvalho. Ainda é viva a lembrança do momento exato em que víamos o mar, depois de quase dois dias inteiros de viagem. Deslumbramento. A estreada sabia levemente, serpenteando canaviais imensos e grandes plantações de abacaxi. Aqui […]